segunda-feira, 5 de julho de 2010

Papa pede aos fiéis que amem os padres apesar das suas fraquezas



Encontro com os jovens finalizou visita pastoral à região italiana de Sulmona

Bento XVI pediu este Domingo, na localidade italiana de Sulmona, que os fiéis amem os padres apesar das suas fraquezas.
"Amem o vosso Bispo, amem os vossos padres: com todas as nossas fraquezas, os sacerdotes são uma presença preciosa na vida", afirmou durante um encontro com 200 jovens.
O Papa defendeu que "o cristão é uma pessoa com boa memória, alguém que gosta da história e procura conhecê-la”.
"A actual cultura de consumo tende a apegar o homem ao presente, a fazê-lo perder o sentido do passado, da história", alertou, frisando que "isso priva os homens da capacidade de se compreenderem, de perceber os problemas e de construir o futuro".
O Papa manifestou-se ainda contra os "falsos valores e modelos ilusórios que são propostos aos jovens e que prometem preencher as suas vidas quando, na realidade, a esvaziam".
Bento XVI visitou Sulmona para comemorar o 800.º aniversário do nascimento de um de seus predecessores, Celestino V, Papa do século XII que renunciou ao cargo depois de cinco meses de pontificado.
O Papa começou por se apresentar “como um pai de família” que tem a alegria de se encontrar com “jovens que reflectem, se interrogam, e que têm o sentido da verdade e do bem”.
Referindo-se às palavras que lhe tinham dirigido, em nome da assembleia, dois jovens de Sulmona, Bento XVI congratulou-se com o facto de estes terem evocado algumas expressões por si usadas em 2008, nas Jornadas da Juventude de Sidney.
“Vejo que tendes boa memória”, comentou, observando como é importante ter “memória histórica”.
Aludindo a São Pedro del Morrone, o Papa Celestino V, Bento XVI sublinhou que nele se podem descobrir aspectos que continuam válidos, antes de mais, “a capacidade de escutar Deus no silêncio exterior e sobretudo interior”.
“Podeis ter a certeza de que se uma pessoa aprende a escutar esta voz e a segui-la com generosidade, não tem medo de nada, sabe e sente que Deus está consigo, que é Amigo, Pai e Irmão. Numa palavra: o segredo da vocação está na relação com Deus, na oração”, referiu o Papa.
Ainda a propósito da oração, Bento XVI sublinhou que “a verdadeira oração não se alheia de modo algum da realidade”.
“Se rezar vos alienar, se vos afastar da vossa vida real, tende cuidado: não é oração autêntica! Pelo contrário, o diálogo com Deus é garantia de verdade e de liberdade”, assinalou.
Segundo Bento XVI, “a fé e a oração não resolvem os problemas, mas permitem enfrentá-los com uma nova luz e força, de modo digno do homem, e também do modo mais sereno e eficaz”.
O Papa disse ainda que o cristão nunca é individualista e que “nas experiências aprovadas pela Igreja, a vida solitária de oração e penitência está sempre ao serviço da comunidade, nunca em oposição a ela”.
“O monge não vive para sim, mas sim para os outros, e é para o bem da Igreja e da sociedade que cultiva a vida contemplativa, porque a Igreja e a sociedade podem ser sempre irrigadas por energias novas, pela acção do Senhor”, concluiu.
Tendo eu recebido o DOM de ser Sacerdote, por vezes, esqueço-me que pelo SIM que disse à Igreja, já não sou deste "mundo", não me posso conformar com esta "caminhada". Sou sinal de um "Novo Céu e de uma Nova Terra"! Mas, a fragilidade que carrego, torna-me apagado às coisas deste tempo e deste mundo. Somos fracos e as palavras de Bento XVI ajuda-me a reaviver o DOM que recebi!

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