terça-feira, 31 de agosto de 2010

A "Irmã e Mãe Cinco Chagas"


Há gestos e "presenças" na vida, que jamais passam!
Era jovem (17 anos) quando resolvi ir para o Seminário. Deixar a família e os amigos e recomeçar uma rotina diferente, estou a falar na segunda metade da década de sessenta. Ainda não tinha chegado o arejamento do Concílio, tudo era muito rigoroso. mas, eu era crescido e já tinha um caminho semi-traçado, mas olhava para o lado e havia muitas "crianças" acabadas de terminar o ensino primário e neste ambiente "sério e pesado", havia quem nos olhasse como "mãe", as Irmãs Religiosas que colaboravam com a equipa do Seminário. Como em tudo, havia alguém que se destacava e quem nos aproximávamos mais: "a Irmã Cinco Chagas". Quantas vezes, a sua presença e palavras enxugavam as lágrimas de saudade e de solidão !
Já crescido, em Coimbra, cursando Teologia, continuava a exercer em nós uma presença insubstituível. Olhava para nós debaixo para cima, era de pequena estatura, e já antevia o "dia de nos beijar as mãos consagradas"!
No dia da minha Ordenação de Presbítero, como éramos os dois felizes!
Passaram-se os anos e vida parece que nos separou. Fui encontrar a nossa Irmã muito debilitada fisicamente, mas muito lúcida e perspicaz a terminar os seus dias no seu leito, feito altar de "Imolação"!
Mas no dia 27 de Agosto p.p., tive a graça de chagar a tocar na urna com seus restos mortais.
Foi um exemplo de vida Evangélica, desprendida de si e pronta junto de quem precisava.
Escolheu o caminho "estreito" do Evangelho.
Vinde bendita do Meu Pai: ... porque tive ... e estavas presente!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Filipa Cunha é Açoriana




Filipa veio a São Miguel, pela primeira vez, visitar o "berço materno". Nasceu à sete meses no Porto, onde vive a família.

Chamo-a de "princesa" pela sua boa disposição e se não tem fome ou sono, está sempre pronta para "falar" com os olhos!

A mãe procura por todos os meios recordações para o futuro.

De uma série do fotos intituladas " Filipa nos Açores" , retiro esta pelo simbolismo da ortência no peito. Juramento de açorianidade, sem desmerecer a sua naturalidade.

Creio que, ao ir crescendo para a vida seja mais uma açoriana de coração neste Portugal que tantas vezes maltrata as ilhas dos Açores.

Somos Açorianos e temos muito gosto em falar do nosso torrão natal, e do mesmo modo manifestar o nosso amor à Portugalidade que nos envolve.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A Cruz das Jornadas Mundiais da Juventude foi recebida em Ponta Delgada com cânticos, palmas e muita fé, por centenas de jovens.

Desde que foi dada aos jovens, pelo Papa João Paulo II, em 1984, para ser transportada e anunciada pelo mundo, foi a primeira vez que a Cruz visitou solo açoriano.
A cerimónia de acolhimento, no dia 18, realizou-se no aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, contando com a presença do bispo de Angra, D. António Braga. A Cruz foi recebida ao som dos cânticos de um grupo de jovens, que representava as diversas paróquias da Ilha de São Miguel.
Para D. António Braga, trata-se de “um acontecimento especial, fruto de um grande empenho do departamento nacional da pastoral juvenil e também do secretariado de Angra”.
O prelado aproveita a ocasião para agradecer “a disponibilidade da Força Aérea Portuguesa, que apesar das dificuldades do momento, trouxe a Cruz para a ilha”.
Mesmo não tendo sido possível levar o símbolo a todas as ilhas, o bispo mostra-se bastante satisfeito com a adesão da população.
Centenas de pessoas puderam ver e tocar a Cruz dos Jovens, durante o percurso a pé, entre a Rotunda da Autonomia e a Igreja Matriz de Ponta Delgada. Ali, a Cruz foi aguardada com palmas e muito entusiasmo, antes da realização de uma celebração da Palavra e da veneração, que se prolongou pela noite dentro.
A Cruz dos Jovens despede-se dos Açores, na noite de dia 19, com a celebração da Eucaristia no Mosteiro de Nossa Senhora das Mercês, Irmãs Clarissas. Depois da cerimónia de “Exaltação da Cruz”, ela será entregue a um grupo de jovens franceses, para ser levada para o Santuário de Lourdes.
Ano após ano, a Cruz visita um país, numa passagem que serve de convite aos jovens para participarem nas Jornadas Mundiais da Juventude, que têm lugar de três em três anos. É a segunda vez que ela passa por Portugal, depois de ter cá estado em 2003.
No próximo ano, a cidade de Madrid acolhe a Jornada Mundial da Juventude, em Agosto. O bispo de Angra já começa a ver os jovens a organizarem-se, para poderem participar”.
Esta visita de dois dias ao arquipélago dos Açores é o ponto final da passagem da Cruz das Jornadas Mundiais da Juventude pelo nosso país. Uma peregrinação que teve início no dia 8, quando jovens portugueses, de todas as dioceses, foram buscar o símbolo a Santiago de Compostela.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Crónicas do Brasil (VIII)



Causa e efeito coexistem.
Foi por vossa causa que fiz a minha quarta viagem ao Brasil. O vosso amor que foi semeado há oito anos, agora maduro, era necessário que fosse selado em, com e por Cristo. Foi no dia 17 de Julho.
Mas queria, deixar-vos um recado: é urgente "regar" aquilo que misteriosamente brotou no vosso coração. Cuidai do vosso projecto de felicidade !
Quando entrei no vosso "acolhedor lar" reparei e registei o que colocaram na porta, e aqui fica em crónica!

Crónicas do Brasil (VII)

A vida está cheia de encontros e desencontros. Não há encontros sem desencontros e desencontros sem encontros. Assim, foi no último dia da minha estada em São Paulo, ajudado pela minha sobrinha Bea e depois de uma caminhada de hora e meia, chegamos à rua António Sequeira, Vila Jaquí, São Miguel Paulista.
Foi um tal matar saudades da tia Eugénia e família, que desde o princípio da década de noventa não nos havíamos encontrado. Claro, quer ela e eu próprio, marcados pelos anos que nos separaram. Foi um tal falar de tudo, sobretudo dos que ficaram na Ilha da Saudade (São Miguel). O neto (David) que tenho no colo, recordo quando brincava com o pai (Paulo Gil), passaram-se os anos, mas o sangue continua a exigir que haja encontros que suavizem a nossa separação. Separamos-nos, mas não desencontramos, porque nos munidos das novas tecnologias para estar mais perto, embora o Atlântico nos continue a separar. Matei saudades ou aumentei?

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Crónicas do Brasil ( VI )

Há momentos tão emociantes: quando chegamos e quanto partimos, assim, regista a foto o momento da partida de Conchas, Domingo, dia 1 de Agosto. Mas, há sempre, uma esperança de novo encontro!



Sou suspeito em avaliar o momento mais sentido na celebração do Sacramento do Matrimónio da Bea e do José Eduardo. Todas as fotos têm um significado, mas esta fica na minha história pessoal. Valeu a pena e agradeço todo o acolhimento que me fizeram. OBRIGADO!