sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sinalizando a vida (V)





Vi, li, ouvi, reflecti e escrevi…!

Justeza e oportunidade da Mensagem dos Bispos Portugueses - em 8 de Novembro.
perplexidade” pela “falta de verdade nos centros de decisão da gestão pública” e apelou a soluções "sustentadas"(…)"A comunidade humana não pode pactuar com a teoria dos consensos políticos mínimos que geralmente não resultam em soluções sustentadas. O apelo à justiça e à igualdade surge esvaziado de conteúdo porque sem resultados práticos" (…) “Apelamos às instâncias governativas para que as classes mais desfavorecidas sejam menos penalizadas e mais ajudadas” (…) “ Não podemos deixar de evidenciara nossa perplexidade pela falta de verdade nos centro de decisão da gestão pública” (…) “apontou o dedo à “ausência de vontade em solucionar os desafios actuais” e à “ânsia obsessiva do lucro que conduz à desumanização da vida” (…) a situação é fruto de “querelas pessoais e de jogos político-partidários pouco transparentes, que aprisionam os líderes aos interesses instalados nas estruturas público-privadas”. (…) “As novas gerações não têm expectativas em relação ao futuro, quer pela falta de trabalho, quer por falta de horizontes para a vida”.
A dureza das palavras terá surpreendido, mas ninguém as contestou. Pelo contrário: a intervenção do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, na abertura da Assembleia Plenária, que decorreu esta semana, em Fátima, é elogiada pela generaliza dos observadores, destacando a oportunidade.

O Santo Padre, na sua visita como peregrino a Santiago de Compostela, lamentou o laicismo agressivo que hoje, por vezes, se manifesta, um pouco por toda a parte. E no dia seguinte em Barcelona, essa agressividade anti-religiosa fez-se sentir de forma mais expressiva e encontrou bastante acolhimento pela comunicação social. Bento XVI, tem-se empenhado em mostrar que a razão e fé são complementares e não inimigas.


Semana dos Seminários – Ficam apontamentos da carta de Bento XVI aos seminaristas:
Em Dezembro de 1944, quando fui chamado para o serviço militar, o comandante de companhia perguntou a cada um de nós a profissão que sonhava ter no futuro. Respondi que queria tornar-me sacerdote católico. O subtenente replicou: Nesse caso, convém-lhe procurar outra coisa qualquer; na nova Alemanha, já não há necessidade de padres. ( …) e fizestes bem, porque os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo na época do predomínio da técnica no mundo e da globalização –, do Deus que Se mostrou a nós em Jesus Cristo e nos reúne na Igreja universal, para aprender, com Ele e por meio d’Ele, a verdadeira vida e manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade. Sempre que o homem deixa de ter a noção de Deus, a vida torna-se vazia; tudo é insuficiente. Depois o homem busca refúgio na alienação ou na violência, ameaça esta que recai cada vez mais sobre a própria juventude. (…) Os anos no Seminário devem ser um tempo de maturação humana. Para o sacerdote, que terá de acompanhar os outros ao longo do caminho da vida e até às portas da morte, é importante que ele mesmo tenha posto em justo equilíbrio coração e intelecto, razão e sentimento, corpo e alma, e que seja humanamente «íntegro». (…) «Recordo o Apóstolo Paulo na sua carta aos Filipenses: irmãos, tudo o que é verdadeiro, nobre e justo, tudo o que é puro, amável e de boa reputação, tudo o que é virtude e digno de louvor, isto deveis ter no pensamento» (4, 8). Faz parte deste contexto também a integração da sexualidade no conjunto da personalidade. A sexualidade é um dom do Criador, mas também uma função que tem a ver com o desenvolvimento do próprio ser humano. Quando não é integrada na pessoa, a sexualidade torna-se banal e ao mesmo tempo destrutiva. Vemos isto, hoje, em muitos exemplos da nossa sociedade.

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