O Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura expressa o seu pesar na morte de José Saramago, grande criador da língua portuguesa e expoente da nossa cultura. José Saramago ampliou o inestimável património que a literatura representa, capaz de espelhar profundamente a condição humana nas suas buscas, incertezas e vislumbres.
Como é público, o cristianismo e o texto bíblico interessaram muito ao autor como objecto para a sua livre recriação literária. Há uma exigência e beleza nessa aproximação que gostaríamos de sublinhar. O único lamento é que ela nem sempre fosse levada mais longe, e de forma mais desprendida de balizamentos ideológicos. Mas a vivacidade do debate que a sua importante obra instaura, em nada diminui o dever da cordialidade de um encontro cultural que, acreditamos, só pode ser gerado na abertura e na diferença.
Lisboa, 18 de Junho de 2010
Pouco li Saramago, mas do que li, pouco gostei, porque não é fácil compreender os seus escritos.
Fico com a nítida sensação que estamos perante uma personagem que não deixa que o seu intimo seja "violado", uma argumentação de defesa e de negação. Tenho a impressão que o Saramago, homem das Letras, não corresponde ao homem "pensante". Não é tranquilo o seu interior como o seu semblante. É um homem de conflitos interiores por sarar. O seu grande "golpe por curar" é a sua relação com o transcendente, com o "medo" de Deus. A imagem de Deus /Amor não lhe tocou! Espero que na "Verdade total" ele encontra paz!
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