sexta-feira, 25 de junho de 2010

Aposta na educação é a receita para promover a igualdade

Desafio lançado na Jornada da Pastoral da Cultura, em Fátima

A aposta decidida na educação é o caminho que Portugal tem de percorrer para combater a desigualdade social e a pobreza, defenderam hoje em Fátima os conferencistas da Jornada da Pastoral da Cultura, promovida pela Igreja Católica.
Numa mesa-redonda dedicada ao tema “Reinventar a Igualdade”, Artur Santos Silva, presidente da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República, lembrou que “o grande ideal" republicano foi "a educação, como vector de redução das desigualdades".
“Todos temos de nos sentir comprometidos a exigir uma melhor educação”, referiu.
D. Manuel Clemente, presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, deixou votos de que “não se repitam erros do passado” na relação entre Igreja e Estado, no campo educativo.
Artur Santos Silva admitiu os “excessos cometidos” em 1910, por causa da “questão religiosa”.
Por causa de um processo de separação entre Igreja e Estado nem sempre bem conduzido, disse este responsável, “muitos estabelecimentos de ensino foram impedidos de seguir o seu caminho”.
Carlos Fiolhais, cientista e director da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, considerou que, em Portugal, o problema da desigualdade está ligado à educação.
Um problema cuja origem colocou no “século XIX, altura em que toda a Europa se alfabetizou e nós ficámos para trás”.
“Educação para todos, ciência para todos, é essa a nossa necessidade imperiosa”, apontou, apelando a uma “diferenciação” nos diversos projectos educativos, para quebrar o “tabu da escola uniforme, demasiado uniforme”.
Sociedades igualitárias, sublinhou Carlos Fiolhais, “funcionam melhor”.
Num painel marcado pela atenção aos actuais dados relativos à pobreza e à desigualdade social, Artur Santos Silva constatou uma “evolução assimétrica”, com uma acentuar da desigualdade na distribuição dos rendimentos.
Portugal, assinalou, é um “país extremamente desigual”.
D. Manuel Clemente, por seu lado, alertou para uma massificação que vai “desfigurando” a sociedade actual, na qual “não há lugar para a igualdade”.
Nesse contexto, convidou a “reinventar a igualdade nas circunstâncias que nos tocam”.
“A igualdade social terá de ser necessariamente subsidiária – ninguém substituindo ninguém – e solidária”, apontou o Bispo do Porto.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Voto de pesar pela morte de Saramago


O Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura expressa o seu pesar na morte de José Saramago, grande criador da língua portuguesa e expoente da nossa cultura. José Saramago ampliou o inestimável património que a literatura representa, capaz de espelhar profundamente a condição humana nas suas buscas, incertezas e vislumbres.
Como é público, o cristianismo e o texto bíblico interessaram muito ao autor como objecto para a sua livre recriação literária. Há uma exigência e beleza nessa aproximação que gostaríamos de sublinhar. O único lamento é que ela nem sempre fosse levada mais longe, e de forma mais desprendida de balizamentos ideológicos. Mas a vivacidade do debate que a sua importante obra instaura, em nada diminui o dever da cordialidade de um encontro cultural que, acreditamos, só pode ser gerado na abertura e na diferença.
Lisboa, 18 de Junho de 2010
Pouco li Saramago, mas do que li, pouco gostei, porque não é fácil compreender os seus escritos.
Fico com a nítida sensação que estamos perante uma personagem que não deixa que o seu intimo seja "violado", uma argumentação de defesa e de negação. Tenho a impressão que o Saramago, homem das Letras, não corresponde ao homem "pensante". Não é tranquilo o seu interior como o seu semblante. É um homem de conflitos interiores por sarar. O seu grande "golpe por curar" é a sua relação com o transcendente, com o "medo" de Deus. A imagem de Deus /Amor não lhe tocou! Espero que na "Verdade total" ele encontra paz!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Em tempo de Mundial


Numa altura em que o mundial de futebol domina atenções, a ECCLESIA falou com Fernando Santos, treinador, cristão, para quem é impossível dissociar a profissão da sua fé.

“Não me recordo de adormecer uma noite sem fazer a minha oração” conta o técnico. No entanto, foi depois de um período de vazio que verdadeiramente abraçou Cristo.

Conta que “ao participar num cursilho de cristandade, apercebeu-se da presença viva de Cristo ressuscitado”, algo que deu sentido à sua fé. “Passei a ser um cristão bem pedalante”, reforça o antigo técnico de F. C. Porto, Sporting e Benfica.

Para quem faz parte de um meio que, muitas vezes, “não distingue a fé da fezada”, o treinador defende que é inconcebível dizer no balneário que só joga quem é cristão. “Se eu dissesse isso, deixava de ser cristão para ser outra coisa qualquer, temos de respeitar as opções de cada um”.

Fernando Santos, que se encontra a orientar a equipa grega do PAOK de Salónica, não escondeu o sonho de treinar a selecção portuguesa.

Futebol e religião lado a lado

domingo, 13 de junho de 2010

Certificados da Primeira Comunhão


No sábado, dia 12 de Junho, na Eucaristia das 12:30, animada por elas com a Dra Ana Paula ao órgão, as crianças do 3º ano que celebraram a Primeira Comunhão na Festa do Corpo de Deus, após a Eucaristia, receberam os Certificados. Por ser véspera de Santo António, fez-se a bênção do pão de Santo António e todos os presente puderam levar um pãozinho.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Visitas do Winnipeg, no Canada

Caros amigos,

Visitas do Winnipeg, no Canadá.
Espero que estejam todos bem! Visitas, felicidades e um grande abraço com muitas saudades aos Padres Nemésio e José Maria!
Estando a fazer a pesquisa na página digital da Matriz, devo dizer-vos que estão de parabéns. Muito boa e corrente informativa no fundamental.
Gostaria de fazer uma pergunta: seria possível incluir o boletim paroquial na página? Daria uma outra perspectiva da vida paroquial da Matriz dado que há muito para ver e reviver.
Mais uma vez, um grande abraço de Winnipeg para todos vos.

Pe José Eduardo Viveiros Medeiros, Pastor em St Paul the Apostle Parish

N.B. Está prometido - no início do novo ano pastoral

domingo, 6 de junho de 2010

Homenagem às funcionárias do João XXIII




No dia de Corpo de Deus, 3 de Junho, pelas 18:30, saiu a procissão com o Santíssimo Sacramento. Este ano o trajecto passava junto ao Centro Social Bem Estar João XXII, na rua do Contador. As funcionárias deram largas à sua imaginação e o resultado foi uma homenagem de Amor a Jesus que passava. Como Presidente da Instituição fico "orgulhoso" deste pessoal que não só sabe cuidar do corpo como da alma. Que o Senhor vos recompense!

Primeira Comunhão (II grupo)

No dia 3 de Junho, Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, às 12 horas, a nossa Matriz acolheu 20 crianças, segundo grupo, que foram admitidas à Sagrada Comunhão. Tanto o primeiro como o segundo grupo, constituem o 3º ano da catequese paroquial e assim, com a vontade expressa dos seus pais, passam a serem convidados todos os Domingos à Mesa do "Pão da Vida". A nosso Igreja estava repleta de pais e familiares, que vibraram com elas por este acontecimento.
Gostaria de mais uma vez agradecer a colaboração dos seus pais e a todas as catequistas e o muito obrigado à Dra Ana Paula Andrade que com a sua mestria animou as diluas celebrações.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo


Jesus “Pão Vivo” nas ruas da nossa cidade

No coração da cidade de Ponta Delgada, o povo de “Consagrados” celebra a Solenidade do Corpo e Sangue do Senhor, congregado por Ele, unido e reunido no Seu amor.
Em cada domingo celebramos, na verdade, o mistério do Corpo e Sangue do Senhor. E todavia a Igreja dedica dois dias especiais a este mistério da Fé, ao longo do ano litúrgico: a Quinta-feira Santa e, no fim do tempo pascal, esta Quinta-feira da Festa do Corpo de Deus.

Na Quinta-feira Santa meditamos o mistério da Eucaristia mais na intimidade do Cenáculo, como o Dom por excelência do testamento de Jesus, o Sacramento do Amor da Sua Paixão, Morte e Ressurreição.

Na solenidade do Corpo e Sangue do Senhor, o mesmo mistério é celebrado mais na sua dimensão Eclesia: como mistério que alimenta e contrói a “comunidade dos fiéis”, como mistério que está no coração do mundo. Por isso, esta festa é caracterizada pela solene procissão citadina que realizaremos na tarde de “Corpo de Deus” para reafirmar os laços entre a Eucaristia e a humanidade, entre a Eucaristia e a cidade.


Na tradição deste dia da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, a Eucaristia atravessa as ruas da nossa cidade, adornadas de flores. É justo fazer festa à passagem do Senhor e é oportuno e significativo que se faça publicamente.

Não só cada um de nós em particular tem necessidade do Senhor na sua intimidade. Também a nossa sociedade, as nossas cidades e toda a vida associada tem necessidade de um homem como Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Temos necessidade de que o Senhor continue a caminhar pelas nossas ruas como fazia nos anos da sua vida terrena.

Ele é o único capaz de falar ao nosso coração por vezes triste e desanimado como o coração dos dois discípulos de Emaús;
O Único em condições de acompanhar os nossos passos no difícil caminho da vida;
O Único que sabe comover-se pelas multidões deste mundo tantas vezes abandonadas ao seu destino triste;
O Único que sabe cuidar de nós e curar os nossos sofrimentos e as nossas feridas íntimas;
O Único capaz de dar luz, conforto, alegria e paz;
O Único capaz de corrigir com paciência o nosso modo de viver mesquinho, egoísta e avaro;
O Único capaz de nos atrair, de nos aproximar uns dos outros, de nos reconciliar e unir para além das diferenças e divisões e abrir caminhos de paz e de concórdia.

Aquele que se faz “Pão partido” não tem necessidade de multiplicar as palavras. Fala por si. Fazendo-se alimento para todos, mostra-nos até onde chega o infinito amor de Deus. Atravessa as ruas das nossas cidades e aldeias, não propriamente para receber um tributo exterior de homenagem, mas para atravessar os caminhos do nosso coração, das nossas relações, dos nossos encontros e desencontros e tornar-nos mais semelhantes a Ele, para que tenhamos os mesmos sentimentos do Seu coração. E assim descobre-nos a grandeza e a beleza da nossa vocação de cristãos no mundo. Por isso lhe dirigimos a nossa oração com as palavras do Papa João Paulo II, de santa memória:

Jesus crucificado e ressuscitado, fica connosco!
Fica connosco, amigo fiel e apoio seguro da humanidade
Peregrina pelos caminhos do tempo!
Tu, Palavra viva do Pai, infunde confiança e esperança
A quantos buscam o verdadeiro sentido da sua existência.
Tu, Pão de Vida eterna, alimenta o homem
Faminto de verdade, de liberdade, de justiça e de paz.

Também nós, homens e mulheres do terceiro milénio,
Temos necessidade de Ti, Senhor ressuscitado!
Fica connosco agora e até ao fim dos tempos.
Ajuda-nos, nós Te pedimos, no nosso caminho.
Nós acreditamos em Ti, em Ti esperamos,
Porque só Tu tens palavras de vida eterna.
Fica connosco, Senhor! Aleluia!

Matriz de Ponta Delgada, 03 de Junho de 2010