domingo, 30 de maio de 2010

90º Aniversário do D. Aurélio Granada Escudeiro

O Bispo Emérito de Angra exerceu funções episcopais entre 1974 e 1996 na Diocese açoriana.
Faz hoje 90 anos D. Aurélio Granada Escudeiro, Bispo Emérito de Angra, que exerceu funções entre 1974 e 1996 na Diocese açoriana.
O antecessor de D. António de Sousa Braga foi o 37.º Bispo de Angra, encontrando-se a residir actualmente na sua terra natal, em Alcains, Castelo Branco.

D. Aurélio Granada Escudeiro foi eleito bispo titular de Drusiliana e coadjutor de Angra a 18 de Março de 1974, tendo a sua entrada solene na Sede Episcopal angrense acontecido a 19 de Junho desse mesmo ano.
“Homem de trabalho”, “persistente” e de “convicções profundas” – esta é apenas alguma da adjectivação que o último padre ordenado pelo anterior bispo (D. Manuel Afonso de Carvalho) e o primeiro a ser colocado por D. Aurélio, o P.e Francisco Dolores, usa para descrever, em traços gerais, o carácter do chefe da Igreja açoriana de então.
“Era um homem da grande escola da Acção Católica Portuguesa, um dos grande impulsionadores do país”, referiu.
Datam do início do seu bispado, algumas providências de ordem pastoral, junto do Conselho Presbiteral, tendo aprovado poucos meses depois, em Novembro, o Estatuto do Conselho Presbiteral.
É da sua autoria a criação do Secretariado Regional para a Pastoral das Migrações (criado a 5 de Fevereiro de 1975) e, mais tarde, a Comissão Diocesana para a Comunicação Social (22 de Abril de 1976).
De recordar que, D. Aurélio atravessa o período conturbado do pós 25 de Abril, com o processo de descolonização ultramarina africana a acontecer e o consequente e inevitável retorno de milhares de desalojados. Este facto fá-lo criar a Comissão Diocesana de Ajuda aos Refugiados, que teve importante papel sob o triplo ponto de vista material, espiritual e social nas ilhas.
Trabalho infatigável de pastoral nas ilhasTransmitindo os poderes prescritos na Carta Apostólica de Paulo VI, Ecclesiae Santae Regimen, D. Aurélio Granada Escudeiro nomeia alguns sacerdotes vigários episcopais, e, seguidamente, ocupa outros na responsabilidade das ouvidorias, dedicando-se, a partir daí, a um trabalho intenso e infatigável de pastoral nestas Ilhas.
É neste período que efectua diversas deslocações e visitas ao Episcopado Português, contactando, pessoalmente, no Canadá a comunidade açoriana radicada naquele país e presidindo em Winnipeg, a convite do Cardeal-Arcebispo, à celebração da festividade em honra da Senhora de Fátima. Essa viagem proporcionou-lhe reuniões e debates, com o clero residente, no tocante a problemas intrinsecamente relacionados com a assistência religiosa ao emigrante açoriano.
Incorporou-se na peregrinação diocesana do Ano Santo, a Roma, tendo o Papa Paulo VI, na audiência que deu na Praça de S. Pedro do Vaticano a grupos de peregrinos, distinguido com a Sua Palavra, em língua portuguesa, os peregrinos e a Diocese dos Açores. Os seus conhecimentos e, sobretudo, a sua experiência adquirida no campo da pastoral das migrações levaram a Conferência Episcopal a elegê-lo vogal da Comissão Episcopal Portuguesa para as Migrações e Turismo. Na sequência do seu múnus prelatício sagrou na Ilha Terceira a paroquial de S. Jorge das Doze Ribeiras, (9.VIII.1975) e criou a paróquia da Algarvia em S. Miguel, desmembrando-a da de S. Pedro de Nordestinho (15.IV.1976). Procedeu à bênção do lançamento da primeira pedra do Mosteiro das Clarissas, Calhetas, na Ilha de S. Miguel (20.V.1976).
Após o falecimento de D. Manuel Afonso de Carvalho, foi nomeado bispo residencial (30 de Junho de 1979), vindo a tomar a respectiva posse um mês depois. A bula de preconização foi emanada do Papa João Paulo II.
Acção católica multifacetada D. Aurélio Granada Escudeiro nasceu em Alcains, Castelo Branco (a 29 de Maio de 1920), filho de João Lourenço Escudeiro e de D. Maria Belarmina Nunes Granada Pinheiro. Fez os seus estudos nos Seminários de Gavião, Alcains e Olivais, vindo a exercer, ainda antes de ordenado, o professorado no Seminário de Gavião. Presbítero (Portalegre, 17 Janeiro de 1943), celebrou a sua primeira missa em Alcains, sua terra natal, alguns dias depois, a 24. Num período de 20 anos a sua acção é multifacetada, quer como pároco em Gavião (1943-44) e Ortiga, Mação (1944-48), quer como professor de Religião no Liceu de Castelo Branco (1948-52) e em dois outros colégios, quer ainda, e, principalmente, como grande movimentador da obra da Acção Católica (AC).
Neste campo vastíssimo, foi assistente da A.C. dos Adultos Masculinos e da juventude Católica Feminina; por deliberação do Episcopado desempenhou-se como assistente geral da LAC e da JAC(F), actividades estas que o ocuparam durante quinze anos, vindo também a ser nomeado assistente da JCF, missão esta que o obrigou a constantes jornadas no Continente e nos Açores, sob cuja orientação decorreram cursos, encontros e retiros destinados ao clero, ao laicado e a Ordens religiosas. A sua inserção nestas actividades fizeram que se deslocasse até África (Angola e Moçambique) e à Índia (Goa), usufruindo bons resultados em sucessivos encontros e reuniões internacionais. Não se eximindo ao trabalho dedicou-se à imprensa e foi redactor principal do semanário Reconquista, além de colaborar activamente em jornais e boletins da A.C..
De sua autoria a preparação de colectâneas de textos sobre doutrina da Igreja e a tradução de obras de carácter teológico. Foi representante da Igreja junto do Ministério da Saúde. No circulo da A.C. desempenhou-se ainda como assistente Nacional da Associação Católica Internacional ao Serviço da Juventude Feminina (1964-74) e como secretário, pouco depois director, Nacional das Obras Católicas Portuguesas para as Migrações. Neste último ano (1974) foi nomeado secretário da Comissão Episcopal de Migrações, desenvolvendo nesse cargo grande actividade com participação frequente em congressos e reuniões a nível internacional, apresentando teses, contactando missionários e auscultando emigrantes, em quase todos os países da Europa, Estados Unidos e Canadá.
Do processo de reconstrução ao culto do Senhor Santo Cristo
D. Aurélio Granada Escudeiro foi grande impulsionador do culto ao Senhor Santo Cristo dos Milagres, tendo para o efeito convidado para presidirem às festas micaelenses Bispos e Cardeais de diversas partes do mundo, e mandou que se preparasse a introdução do processo de beatificação da Veneranda Madre Teresa d'Anunciada, de que obteve da Conferência Episcopal Portuguesa o "nihil obstat" .

Este foi um bispo que deu igualmente uma atenção especial aos Romeiros.
É também da sua responsabilidade a vinda do Papa João Paulo II, em Abril de 1991, às ilhas Terceira e São Miguel.
O Prelado acompanhou todo o processo da reconstrução do sismo de 1 de Janeiro de 1980, que atingiu as ilhas Terceira, Graciosa e S. Jorge e obrigou a um enorme esforço de recuperação das igrejas e outros bens eclesiásticos, sendo a Sé Catedral - gravemente atingida - reaberta ao culto em 1985, em cerimónia presidida pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro.
Em 1992 presidiu em Angra do Heroísmo ao I Congresso Diocesano de Leigos, cujas conclusões apontavam para a elaboração de um Plano de Acção Pastoral para a Diocese, que foi aprovado e implementado a partir de 1994 através de programas anuais.
Ao longo dos seus vinte e dois anos à frente da Diocese de Angra D. Aurélio acalentou vários projectos pastorais, alguns dos quais nunca foram executados, como são os casos da "Rádio Renascença - Açores" e a extensão da Universidade Católica Portuguesa a que o Seminário de Angra ficaria agregado, bem como os processos de canonização do Beato João Baptista Machado (Padroeiro Principal da Diocese), da Madre Teresa da Anunciada e da jovem mártir Maria Vieira .
A 30 de Junho de 1996, D. António de Sousa Braga sucedeu a D. Aurélio Escudeiro como Bispo Diocesano
Jornal «A União»

Primeira Comunhão na Matriz ( I grupo )




A tarde deste sábado, 29 de Maio, estava radiosa, mas mais radiosos estavam os corações das 60 crianças que na nossa Matriz comungaram Jesus pela primeira vez.
A Igreja estava repleta de pais, padrinhos, avós e muitos amigos que transpareciam uma alegria que só Jesus pode contagiar.
Animaram a celebração as próprias crianças.
Presto a minha gratidão à compreensão dos pais e ao esforço dos catequistas que as acompanharam.

sábado, 22 de maio de 2010

Pe. Carreira das Neves apresenta um percurso histórico, teológico e eclesial sobre tradição particularmente viva nos Açores


O estudo histórico, teológico e eclesial dos Impérios do Espírito Santo, nos povos cristãos católicos dos Açores é, realmente, interessante e, até certo ponto, único. À luz da história, tudo começa com o monge Joaquim de Fiora e a sua doutrina sobre as três idades da Igreja: a idade do Antigo Testamento, com um Deus juiz, mandão, guerreiro, a impor o “genocídio” (herem, no hebraico) contra todos os inimigos pagãos de Israel; a segunda idade, a de Jesus Cristo, cuja doutrina evangélica fora adulterada pela Igreja; a terceira idade, a do Espírito Santo, a criar no seio da Igreja, vivida e administrada por monges e virgens. Segundo Joaquim de Fiora, as duas primeiras idades estavam ultrapassadas e a terceira surgiria brevemente. Havia que lutar por ela. Nessa Idade Média, - a do feudalismo - havia vários movimentos, fundamentados no evangelho, contra a Igreja Católica do tempo – cátaros, albigenses, etc. Ao espírito desses movimentos juntou-se também um grupo de franciscanos, que faziam de Francisco de Assis, pobre e humilde, um segundo Jesus Cristo. Combatiam a Igreja hierárquica de Papas, Cardeais e Bispos, no meio de luxos e vaidades. O próprio São Boaventura, Geral da Ordem Franciscana e grande teólogo da Igreja, acabou por condená-los, afastando-os da Ordem. No célebre livro “O Nome da Rosa”, de Umberto Eco, o leitor pode descobrir, no enredo, este mundo dos séculos XI-XIII. Os frades pregavam a era do Espírito Santo contra a era do Antigo Testamento e do Novo Testamento. Da verdadeira Igreja, salvava-se apenas Francisco de Assis e os seus seguidores mais radicais. Esta pregação entrou na espiritualidade do povo, ao longo dos anos, e foi rejeitada pelas autoridades da Igreja e dos responsáveis da Ordem Franciscana. Os “terceiros franciscanos” (leigo casados, que seguiam o espírito de Francisco de Assis), espalharam pela Itália, França, Espanha e Portugal esta doutrina. Santa Isabel, rainha de Portugal, parece que partilhava esta doutrina, também como “terceira franciscana”. As “condenações” da Hierarquia da Igreja acabou com esta doutrina, mas fora levada às ilhas dos Açores pelos franciscanos, onde não chegavam os correios das condenações. Assim nasceram os Impérios do Espírito Santo com o aparecimento duma “capela” ao lado das grandes Igrejas, onde se colocava e se coloca a coroa do Espírito Santo, encimada pela pomba e pela Cruz. O povo açoriano bebeu profundamente esta espiritualidade e, por vezes, transformava a Igreja Católica nos Impérios do Espírito Santo. Surgiram festas religiosas e populares, doutrinas e catequeses, paralelas às da Igreja. Só quem é açoriano é capaz de entender estas “duas” Igrejas, duas culturas, dois sentimentos numa só Igreja, cultura e sentimento. Sempre que as autoridades eclesiásticas contrariaram as festas do Império do Espírito Santo acabaram por perder. Hoje em dia, tudo está mais calmo, reinando o bom senso pastoral de parte a parte. E é preciso ajuntar que estas festas também subsistem no Portugal continental, duma maneira geral acompanhadas pelo “pão do Espírito Santo” como símbolo da partilha dos dons de Deus – onde houver o Espírito de Deus tem que haver pão para todos. Que o digam Tomar, Alenquer, Leiria, Caranguejeira e todas as festas do Espírito Santo, desde o Minho ao Algarve.
Este assunto põe o problema da realidade da força e poder do Espírito Santo. Há trinta anos a esta parte, os neopentecostais evangélicos repuseram esta doutrina, confrontando-se com católicos e protestantes históricos. São mais de trezentos milhões (ver a obra de Allan Anderson, El pentecostalismo. El cristianismo carismático mundial, Ed. Akal, Madrid 2007). Dizem, inclusivamente, que entre eles e os carismáticos católicos não há qualquer diferença. Quem é que está na verdade?
A verdade é exposta de maneira clara em S. Paulo, na 1ª aos Coríntios 12, 4-13: “Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; há diversidade de serviços, mas o Senhor é o mesmo; há diversidade de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito, para proveito comum. A um é dada, pela acção do Espírito, uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, segundo o mesmo Espírito; a outro, a fé, no mesmo Espírito; a outro, o dom das curas, no único Espírito; a outro, o poder de fazer milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas. Tudo isto, porém, o realiza o único e o mesmo Espírito, distribuindo a cada um, conforme lhe apraz. (…) De facto, num só Espírito, fomos todos baptizados para formar um só corpo, judeus e gregos, escravos ou livres, e todos bebemos de um só Espírito.”
A variedade de dons e carismas, como se vê, é uma riqueza espiritual desde que seja para formar um só corpo. São Paulo pensa, ao mesmo tempo, no corpo de Cristo e no corpo da Igreja a viver da força do Espírito. Não existe um sem o outro. É com este critério que devemos entender as diferenças entre carismáticos católicos e pentecostais evangélicos. Mas também aqui, só o Espírito é que pode julgar. Apenas referimos os dizeres de São Paulo sobre os muitos dons ou carismas do Espírito para a formação de um “corpo de Cristo”.
A doutrina de Paulo é mais aprofundada no quarto evangelho ao apresentar cinco vezes a promessa do Espírito (Jo 14, 15-16; 14, 25-26; 15, 26-27; 16, 5-11; 16, 12-15). O Espírito é apresentado como “o outro Paráclito”, “Espírito Santo”; Espírito da Verdade” (14, 16: “e Eu apelarei ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito…”, 14, 26: “mas o Paráclito, o Espírito Santo que o Pai enviará…”; 15, 26: “Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, e que Eu vos hei-de enviar da parte do Pai…”; 16, 13-15: “Quando Ele vier, o Espírito da Verdade, há-de guiar-vos para a verdade completa…há-de manifestar a minha glória, porque receberá do que é meu e vo-lo dará a conhecer…”).
Como se trata de “promessa” a cumprir, os verbos aparecem no futuro temporal. No entanto, em 14, 17, o tempo verbal é presente: “o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; vós é que o conheceis, porque permanece junto de vós, e está em vós”.
Acontece, então, que as promessas do Espírito, já presentes no Antigo Testamento (Is 11, 1-2; 61, 1; Jr 31, 31-32; Ez 37, 14; Joel 3, 1-2), acontecem na pessoa de Jesus (Mc 1, 10 e paralelos) e na pessoa dos baptizados cristãos em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo (Mt 28, 19). A narrativa do Pentecostes, em Actos 2, 1-13, é uma espantosa “encenação” da realidade cristã do Espírito Santo, que os cristãos sentem e vivem. O Espírito Santo é a grande Lei – nova Lei - , diante da qual não há nem judeu nem grego, europeu ou africano, homem ou mulher. É uma verdade divina que completa, definitivamente, a teologia e a cristologia com a pneuma-tologia. E é assim que surge a tensão dialéctica entre a Igreja hierárquica e carismática, tanto no passado, a começar com Montano, já nos princípios do século II, como no presente.
Quem nos deve governar é o Império do Espírito que concilia a utopia com a realidade política, económica, democrática do povo de Deus. É o Império do amor e da partilha, da caridade e solidariedade, que resolve todos os problemas da justiça entre trabalhadores e empregadores, mais ricos e mais pobres, crianças e idosos, hierarquia e democracia.
Pe. Joaquim Carreira das Neves, OFM

Impérios e Espírito Santo


Viagem Apostólica de Bento VXI a Portugal



Pensei relatar até ao pormenor a vinde de Sua Santidade.
Mas, fiquei comovido e incapaz de escrever seja o que for, porque foi tanta a informação e a comoção, que preferi ficar calado e só quero registar este momento de um "Homem de Deus", de joelhos em Oração. Obrigado, Santo Padre! Eu vi milagres!
Quem "governa a Igreja é o Espírito Santo"!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Santo Padre com os Homens da Cultura


Bento XVI defendeu esta manhã no Centro Cultural de Belém que o conflito entre "presente e tradição", na sociedade actual, levou a uma "crise da verdade".
Falando perante representantes do mundo cultural português, no segundo dia da sua visita a Portugal, o Papa referiu que "a missão ao serviço da verdade" é "irrenunciável" para a Igreja.
"Para uma sociedade composta na sua maioria por católicos e cuja cultura foi profundamente marcada pelo cristianismo, é dramático tentar encontrar a verdade sem ser em Jesus Cristo", observou Bento XVI.
O Papa afirmou ainda que " a dinâmica da sociedade absolutiza o presente, isolando-o do património cultural do passado e sem a intenção de delinear um futuro".

Aos artistas presentes, o Papa deixou um apelo final: "Fazei coisas belas, mas sobretudo tornai as vossas vidas lugares de beleza".

terça-feira, 11 de maio de 2010

Bem-vindo Santo Padre a Portugal

O avião Papal aterrou às 10:57 no aero+porto de Figo Maduro - Lisboa
Depois dos protocolos oficiais, o santo Padre Celebrou a Eucaristia no Terreiro do Paço, num cenário muito bem conseguido. A Celebração demorou cerca de uma hora e três quartos, tendo sido vários os momentos em que a multidão presente sublinhou as palavras de Bento XVI com palmas.
No final da celebração, o Papa evocou o cinquentenário de fundação do santuário de Cristo Rei, pedindo que o monumento de Almada seja capaz de promover acções "em favor dos pobres e oprimidos".
Bento XVI trocou presentes com o D José Policarpo e também com o Bispo de Setúbal, D. Gilberto Reis.

domingo, 9 de maio de 2010

Festa do Senhor Santo Cristo - Reflexão -IV


Hoje, Domingo do Senhor!
Depois de uma noite em Vigília de Oração, pelas 10:30 da manhã, reunimo-nos para celebrar a Eucaristia solene em Honra e Louvor de Jesus Cristo, convocados por Ele, com Ele e n'Ele oferecemo-nos ao Pai na Acção do Espírito Santo. Foi um momento digno e participado por uma enorme multidão de cristãos, presidiu à celebração o Senhor D. Manuel Quintas, Bispo do Algarve que na sua Homilia exortava os fiéis a viverem de acordo com a proposta do Evangelho: "assim como vos amei, amai-vos, vós também ..."
Toda a tarde foi a procissão: momento querido da Madre Teresa d'Anunciada para que o povo da cidade e da Ilha do Arcanjo prestasse homenagem à Venerada Imagem do ECCE HOMO. Com saída da Imagem pelas 16:30 até às 21 horas, milhares de devotos rezaram apresentando ao Senhor o seu estado de alma: muitos deixavam cair lágrimas de gratidão e de súplica. Eram 22 horas quando a Venerada Imagem recolheu ao coro baixo do Convento da Esperança, onde todo o ano os fiéis "falam com o Senhor" que opera maravilhas em nossas vidas. DEO GRATIAS!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Festa do Senhor Santo Cristo - Reflexão III



Eis-nos chegados, ao dia do início das grandes em Honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres.
Hoje, o ponto de encontro é junto ao Santuário da Esperança, para nos maravilharmos perante o mar de luz - inauguração da Iluminação.
A parar do programa religioso, há o profano, com concertos de música, divertimentos diversos, as baraquinhas de comes e bebes e ... !
Tenho pensado: haverá crise no nosso meio? Há desemprego? Há salários em atraso? Há famílias a viverem com dificuldades? Não temos o mais elevado numero de RIS ? E ... o rosário continua!
Mas, tem que haver muita alienação nas mentes de muita gente! Estamos alienados por completo, não se vislumbra nenhum vestígio da tão badalada crise. Depois é são elas! Valha-nos o Santo Cristo dos Milagres!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Festa do Senhor Santo Cristo - Reflexão II


Desconhecemos o que vai no coração de quem se humilha e sacrifica cumprindo uma promessa em volta do "Campo do Senhor".

Não podemos nem devemos julgar e por vezes chegam aos nossos olhos,lágrimas, ao presenciarmos tais posturas.
Devemos, sim, sensibilizar para uma consciencialização autentica do que é o sacrifício agradável a Deus : " quero o coração contrito e não os vossos sacrifícios ..."!
" Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim!" Que o Senhor nos abençoe!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Festa do Senhor Santo Cristo - Reflexão I


O Povo Açoriano, nestes dias tem o seu coração orientado para o Convento da Esperança, onde se ultimam os preparativos para a Solenidade em Honra e Louvor da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, perante a Imagem "milagrosa" do ECCE HOMO.
"Eis o Homem!" Sim, o homem que luta nos nossos dias e que carrega uma enorme "Cruz", associado-se à do Senhor Jesus.
O homem inseguro da sua sorte: a fileira interminável de desempregados, outros com trabalho até quando? que perspectivas para os jovens a entrar no mercado de trabalho; reformas baixissimas para a digna sobre vivência! doentes e idosos votados ao abandono ...!
Crianças e jovens sem afecto, porque tudo este estado de preocupações, gera uma instabilidade afectiva enorme.
Jesus continua hoje a ser solidário com os "irmãos sem rosto e sem nome"!

domingo, 2 de maio de 2010

DIA DA MÃE !



Ser mãe é ter a capacidade de dar-se de forma oblativa, sem reservas!
Ver-se no outro, mas um outro: indivíduo, singular, pessoa única!
Ser capaz de ao "colaborar" (gerar) a nova vida, ao mesmo tempo ser companheira !
Distante e presente!
Útil e desnecessária!
Prestável e suplementar!
Ser mãe é um "Mistério de Amor"!

sábado, 1 de maio de 2010

1 de Maio - 32 anos de Sacerdote


Foi na manhã de um de Maio de 1978, segunda~feira do Senhor Santo Cristo, que prostrado aos pés do Cardeal Humberto Medeiros, delegado do Bispo Auxiliar de Angra, D Aurélio Granada Escudeiro, fui admitido na Ordem Presbiteral. Foi um momento emocinante e cheio de Graça que só ao passar dos anos vou saboreando!
Durante estes 32 anos de vida sacerdotal, tenho encontrado sempre o Senhor, Sumo e Eterno Sacerdote a meu lado, quer quando me prova no sofrimento, quer quando me leva a descansar em verdes prados (Sl 22).
Ser Sacerdote é estar permanentemente à descoberta do que hoje e agora, o Bom Pastor espera de do "seu Ungido".
Agradeço a toda a minha família o apoio que me deu e aos meus formadores que o Senhor chamou a repousar das suas canseiras. TE DEUM LAUDAMUS!